terça-feira, 21 de abril de 2009

Do dia 7 e 8 (15/02/2009 e 16/02/2009)

No sétimo dia, depois de aproveitar parte da manhã para conhecer um pouco mais de Colonia del Sacramento foi hora de pegar estrada novamente, desta vez a caminho de Montevideo. Desta vez a distância é bastante curta, menos de 200 quilômetros.


Mais uma vez as estradas em excelentes condições. Desta vez ainda com a vantagem de um trecho estar inclusive duplicado! Já na metade do percurso, uma parada para uma foto da Formosa ao lado de uma placa. Pelo menos desta vez me lembrei de registrar a viagem com uma foto ao lado de uma placa.


Chegando em Montevideo mais uma vez foi possível perceber a hospitalidade do povo uruguaio. Ainda na moto, na avenida de entrada da cidade, um uruguaio em outra moto percebeu pela placa que era um brasileiro e emparelhou para dar as boas vindas e perguntar de que cidade havia partido.

Antes de procurar um hotel, uma pequena parada para conhecer o Mercado del Puerto e obter informações turísticas. Aliás, no Mercado del Puerto há excelentes restaurantes, vale a pena parar para uma refeição. Foi lá que experimentei a parillada uruguaia, muito boa. 

Em seguida, ao procurar um hotel, entramos na contra mão em uma avenida sem perceber... Aliás, vale uma observação, era um domingo, e não havia praticamente carro nenhum nas ruas, por isso foi mais difícil perceber que estava na contra mão. Mas enfim, andando pela contra mão, o único carro que veio no sentido contrário foi uma viatura da polícia, já com as sirenes ligadas... Eles nos pararam e desceram quatro policiais cercando a moto. No entanto, ao perceberem que se tratava de turista brasileiro, se acalmaram, avisaram apenas que era contra mão, não aplicaram nenhuma multa, e ainda ensinaram o caminho até o hotel!

Também na busca por um hotel tive a única experiência ruim com uruguaios... Entrei em um hotel na região central histórica de Montevideo e uma senhora me atendeu. Provavelmente me achando um mendigo pelas roupas da viagem (jaqueta de couro, suja com insetos da estrada...) ela resolveu me maltratar... Dizer que não precisava de dinheiro, que não ia negociar preço nenhum de hotel, que o hotel não era para mim... Saí meio mal humorado, mas assim que entrei no próximo hotel, onde me hospedei, isso passou. Hotel aliás interessante... Havia um Ibis por ali, mas achei que como estava no Uruguai, devia me hospedar em hotéis típicos... Então escolhi um destes, ainda na região histórica da cidade... Veja na foto o elevador do hotel.


Montevideo também é uma cidade interessante. É uma metrópole, concentra metade da população de todo o país. Percebe-se nitidamente uma diferença no padrão de vida dos moradores. Aqui já se vê bons carros por exemplo. Mas ainda há um uso intenso do espaço público, diferente do que se nota no Brasil. A praia, apesar de não ter ondas, é muito utilizada pelos moradores. Os dias, nesta época do ano, são muito longos, possibilitando aos moradores ficarem na areia, conversando, lendo ou jogando volei até as 21h!

Aproveitei a noite de um dos dias para ir a um café chamado Café Brasilero. Vi uma reportagem dizendo que era um local tradicional da cidade, que havia sido reaberto a pouco tempo. Cheguei e não pude ficar, infelizmente, pois haviam reservas já para todas as mesas... Mas me aceitaram pelo menos por um tempo, até o pessoal começar a chegar para que eu pudesse conhecer a casa.


Outra coisa que me chamou atenção foi o hábito de estacionar a moto no passeio... Isto é muito comum por lá, mas confesso que não me senti muito a vontade e só fazia isto quando não tinha mesmo jeito... Se pudesse preferia ficar na rua mesmo...