segunda-feira, 20 de abril de 2009

Dias 5 e 6 (13/02/2009 a 14/02/2009)

No quinto dia, saindo de Tacuarembó, o destino foi Colonia del Sacramento, em um percurso de pouco mais de 500 quilômetros. A saída de Tacuarembó foi por volta de 11h da manhã, o que acabou significando um chegada tardia em Colonia del Sacramento, apenas por volta das 21h.


É curioso notar a reação das pessoas no Uruguai quando vêem a Formosa. Como praticamente não há motos de médio/grande porte no país (apesar da existência de infinitas motos de baixa cilindrada), ela acaba por chamar muita atenção. Na saída de Tacuarembó, parei mais uma vez em um posto da Ancap para abastecer. Enquanto abastecia eu conversava com o frentista, que, depois de elogiar a Formosa, disse acreditar que ela custasse muito caro, algo como US$ 100.000,00! Ouvindo isto até imaginei uma oportunidade de negócio: comprar motos no Brasil e vender no Uruguai!

Já com os cartões de memória cheios, tinha que fazer uma parada rápida para descarregá-los. O que tentei fazer em Durazno. Procurei algum local especializado nisto, mas não encontrei... Então arrisquei parar uma loja de computadores e perguntar. Lá se ofereceram para fazer o serviço sem custo, como favor, apenas me venderam as mídias onde gravaram as fotos, mais uma prova da hospitalidade do povo Uruguaio.


Outra coisa interessante foi na saída da tal loja de computadores. Uma senhora e sua filha estavam olhando a Formosa, quando me viram pediram se podiam tirar uma foto com ela. Mais uma vez a Formosa fazendo sucesso!



Também em Durazno tentei obter um chip uruguaio para usar em meu celular e assim continuar postando no blog, mas não consegui. Descobri que o Brasil não é o único a burocratizar alguns serviços... Depois descobri que o setor de telefonia uruguaio havia sido privatizado não a muito tempo, e o que era a antiga companhia estatal ainda mantinha a burocracia antiga.

Continuando em direção a Colonia del Sacramento também encontrei um posto de combustível sem combustível... Tive que parar e esperar o caminhão abastecer o posto para só então encher o tanque da Formosa. Interessante também o aspecto do posto: apenas um clarão ao lado da estrada com algumas bombas e um trailer ao fundo. Enquanto aguardava para abastecer mais uma vez os uruguaios se aproximaram e começaram a conversar, mais uma vez muito receptivos. No restante do caminho, muito boas estradas, e desta vez ainda muito arborizadas, aumentando ainda mais o prazer da viagem.


Chegando em Colonia foi hora de procurar um local para comer. Encontrei um restaurante muito bom, e, apesar de ter sido o mais caro de toda viagem, ainda barato em função do câmbio! Neste restaurante havia um outro casal de brasileiros. Como um brasileiro identifica outro facilmente, acabamos por nos conhecer e conversamos. Inclusive eles indicaram um hotel que, infelizmente não tinha mais vagas. Colonia del Sacramento foi o único lugar em toda a viagem onde houve alguma dificuldade em conseguir algum hotel ou pensão, todos lotados! Com muita dificuldade encontramos um hotel.

Durante a noite do dia 13, dia 14 inteiro, e a manhã do dia 15 foi hora de aproveitar e conhecer um pouco da cidade histórica de Colonia del Sacramento. Diversas construções antigas além de muitos bons restaurantes e bares. Certamente a cidade vale a visita. Se houvesse mais tempo, há a possibilidade de ir até Buenos Aires, que fica do outro lado do rio Uruguai, através de buquebús. Infelizmente isto teve que ficar para outra oportunidade.